tag:blogger.com,1999:blog-5694758529277677533.post5290687770947629369..comments2023-04-11T14:36:02.874+01:00Comments on Livre e Humano: AMPUTAÇÃOAmadeu Carvalho Homemhttp://www.blogger.com/profile/04830938681229758224noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-5694758529277677533.post-72570147041785877252007-03-19T07:21:00.000+00:002007-03-19T07:21:00.000+00:00Gostei particularmente do seu comentário, Dr. Luís...Gostei particularmente do seu comentário, Dr. Luís Fraga.<BR/>De facto, também eu nunca senti desejos de vingança por quem quer que fosse. Penso mesmo que esta característica faz parte integrante das mentes saudáveis, primárias, por vezes, mas que se "desnudam" perante o outro. Que não ruminam e não acumulam ódios, pois optam pela transparência de processos.Pela frontalidade.<BR/>A frase "acho que o tempo, ao contrário de me aumentar o rancor, o desagrado, o desgosto, os vai atenuando até ganharem uma dimensão irrisória", está bastante feliz e é reveladora de uma mente que sabe que esta vida é apenas uma breve passagem e que, como tal, tem de ser vivida com intensidade, com verdade, sem os tais "macabros silêncios". <BR/>Parabéns! Fez-me pensar e portanto...crescer!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5694758529277677533.post-40292400588133885012007-03-16T22:16:00.000+00:002007-03-16T22:16:00.000+00:00«Quando os seres humanos se sentem amputados, seja...«Quando os seres humanos se sentem amputados, seja por um bicho, por um parceiro infiel ou por um regime político, a consequência surge como proverbial: é do conhecimento íntimo das ilegítimas privações, das amputações, portanto, que se alimentam as exigências de vingança. E estas crescem na obscuridade, prezam as longas solitudes, cultivam a insociabilidade.»<BR/><BR/>Começo pela transcrição que acho curiosa. Nunca havia pensado na vingança como o fruto de uma amputação. Devo dizer, em abono da verdade, que, também, nunca senti ou nutri em mim sentimentos de vingança. É coisa que desconheço e, agora, interrogo-me: porque nunca fui amputado ou porque sou insensível à dor da amputação? E, contudo, está longe de mim qualquer sentimento de beatitude!<BR/>Se calhar, porque sou impulsivo e ajo no momento, descarregando toda a bílis que não tem tempo de se acumular para sair empedernida sob a forma de vingança, nunca senti desejo de me vingar. Acho que o tempo, ao contrário de me aumentar o rancor o desagrado, o desgosto, os vai atenuando até ganharem uma dimensão irrisória.<BR/>Ou será que para mim a vingança não faz sentido, porque me sinto naturalmente sociável, incapaz da solidão e de viver os seus macabros silêncios? Deveria exibir um gancho em vez de mão ou um toco de madeira no lugar de uma das pernas?<BR/>Estranhos sobressaltos os meus!<BR/><BR/>Olhe, este foi um dos textos que o meu Amigo publicou, até ao momento, que mais me fez pensar, debruçando-me sobre mim para esquadrinhar os recantos obscuros da minha consciência. Contorci-me e nada vi para além do quanto deixo escrito…<BR/>Os poetas e os filósofos desinquietam-nos o tranquilo caminhar nas veredas da Vida! Devemos-lhes homenagens por esse trabalho de, com oratórias aivecas, nos arejarem o solo mental pisado por muito anos de acomodação. Novas sementes podem ser lançadas… veremos se dão fruto!Luís Alves de Fragahttps://www.blogger.com/profile/09593219147119946942noreply@blogger.com