4 de fevereiro de 2009

OS "DO COSTUME" ...


Que tal uma Água das Pedras para esmoer ?

As evocações festivas do Centenário da República ainda mal principiaram e já provocam azia … aos “do costume”. Os “do costume”, para que nada fique por dizer, são os das igrejinhas do campanário e do são-benito, utilizem eles água-benta (e opa) ou água-pé (e cogula vermelha de foice - foi-se? – e do martelo) … Há até quem diga que é “uma iniciativa que [lhes] faz  simpatizar com a monarquia”. Pudera!, nem sequer há opostos a tocar-se…mas apenas convergências a registar. Depois, à boa maneira do terrorismo ideológico, em que se tornaram peritos, estes tipos enfardam tudo na mesma encomenda, por défice de inteligência e por entranhado ódio à limpeza de cérebro: aqui vai uma dose de Esquerda Freeport (também há a Esquerda norte-coreana, que, ao menos, já transitou em julgado), mais outra dose da Direita dos sobreiros (dos sobreiros? é preciso que se saiba que também há uma Esquerda “das rolhas”), e dos submarinos (esta alusão aos “submarinos” faz-me lembrar ou a batalha naval ou os “infiltrados” do tempo dos “amanhãs-que-cantam”), mais os negócios em Angola ( da Angola de Eduardo dos Santos, lídimo farol da “cartilha”, agora apressadamente posto de parte, por ser referência demasiado comprometedora). E o Sagitário remata dizendo que “olha [para nós] com grande desânimo”. Caspité! O melhor é não olhar, que “cá a gente” até fica agradecida. O desânimo de espécimes deste jaez é a causa (uma das causas) do nosso vigor. A seguir, bota-se verso. Mau, muito mau, demasiado mau para ser Verdade ou Literatura. Mas aí se diz que agitamos “bandeiras outrora poderosas”. Este Oráculo é mais proficiente do que a Pitonisa de Delfos. Ele já prevê o Posterius. Este é dos tais que quer entrar no Futuro “às arrecuas”. Paz á sua igrejita e à sua alma. Achamos bem que continue a “botar fala”. Por nós, não aludiremos mais às suas eructações.  

2 comentários:

Carlos Esperança disse...

Para memória futura:

Sou solidário com este post.

Anónimo disse...

VINHO DA CASA

Quem do meu vinho acaso não gostar,
à minha moda feito e ao meu gosto,
só lhe resta buscar outro lagar,
outro processo de pisar o mosto.

Metaforicamente dizer quero
que quem não partilhar minhas ideias
prossiga o seu caminho e, como espero,
bater à porta vá de outras aldeias!

A natureza deu a cada qual
uma certa maneira pessoal
de se coser com suas próprias linhas.

Deixem-me, pois, gozar das minhas vinhas
o vinho do meu jeito elaborado,
ainda que em sentido figurado!

João de Castro Nunes