23 de julho de 2013

O EVANGELHO DE CHONÉ

Parece que foi na Turquia que foram encontrados uns Evangelhos segundo os quais se "prova" que Jesus Cristo foi um simples profeta, anunciando a vinda de Maomé. De acordo com a "sagrada" narrativa, quem morreu na Cruz foi Pilatos, embora Cristo tenha subido aos Céus. Não me perguntem como, porque também não sei. Mas o Vaticano teria ficado muito preocupado com tais contares. Vamos por partes. Há três "religiões do Livro" : a judaica, mais antiga, a cristã, a intermédia, e a maometana, a mais recente. Os tais Evangelhos da Turquia "borrifam-se" para o Antigo Testamento e fazem a ponte entre a narração cristã e o linguajar maometano. Foi nesta altura que surgiu na ribalta o Professor Choné, directamente vindo da África tropical , fazendo questão de perguntar : Então e eu ? Sim, e eu ? Que despautério é esse de me ignorarem?". Ora, eu acho que o Professor Choné tem toda a razão. Desconfio , até, que vá ser encontrado numa gruta da Ásia Menor um novo Evangelho, necessariamente apócrifo, que estabelecerá a ponte entre as cuecas de Maomé e a roupa branca do Professor Choné. Reparemos que Choné não é apenas um profeta, com pouca água de banhos e muita raiz de cenobita. Ele é um caso notável da Fé. Cura calos; resolve "encostos" de inveja; fornece satisfações nocturnas a viúvas em estado de carência ; prevê a melhor altura de cobrar dívidas ; esconjura a iminência de adornos de corno em testas de maridos de fraca potência libidinosa ; favorece embeiçamentos de urgência por franganotas de soquetes; aconselha a melhor altura de pagar o dízimo dos Jeovás ; e, finalmente, disfarça o cheiro da catinga com biliões de litros de "patchuli". Além disto, anda a escrever um Livro. Será, seguramente, a "quarta religião do Livro". O Chico 76 , que agora sobrenada a abundante porrada das ruas brasilienses, já lhe prometeu uma audiência, contra o compromisso de Choné rasgar de vez o malfadado incunábulo de sua lavra. Mais: marcou-lhe uma audiência com o responsável máximo (depois do Chico) do Banco Ambrosiano. Ora, isto é um crime. Um imperdoável crime. Porque consta que no Livro de Choné se provava sem contradita que Maomé era o filho bastardo de Cristo e de Maria Madalena. E que Choné, ele, sem tirar nem pôr, iria subir ao céu depois de desviar em proveito próprio cinco anos de dízimas dos Jeovás. A Cultura Teológica é um espanto. Nem quero outra coisa !

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