16 de julho de 2007

OS FÉRTEIS DESESPEROS

Sento-me devagar.
Há um sol oblíquo nas esquinas do mundo,
Lá fora;
E um inverno esquivo nas fracturas da alma,
Cá dentro.
Ergo-me devagar, devagarinho,
Como se quisesse surpreender os segredos
Dum primeiro dia de Criação.
Movo-me como ébrio, nos confins
Do desespero arguto.
Ai, como me pesa e dói
Esta alma que vive
No luto.

1 comentário:

Luís Alves de Fraga disse...

A um Poeta, julgo, só se lhe pode ou deve dizer da sua obra uma frase: «Li e senti». Depois, em jeito de despedida: «Obrigado».