Querer mudar sem mudarmos o que somos
Querer fazer sem fazermos a diferença
Querer dar sem de nós sobrar assomos
De fé, de razão, de mais firmada crença?
Assim foi nosso Abril no velho Portugal.
Assim imaginámos novos ventos,
Assim, na abalada dos lamentos,
Julgámos abater a muralha do mal.
Foi então tudo vão, tudo mortiço?
Não, mil vezes não, gentes do meu país!
Sentir por uma vez o sonho do cortiço
É já provar o mel, pressentir a raiz …
Querer fazer sem fazermos a diferença
Querer dar sem de nós sobrar assomos
De fé, de razão, de mais firmada crença?
Assim foi nosso Abril no velho Portugal.
Assim imaginámos novos ventos,
Assim, na abalada dos lamentos,
Julgámos abater a muralha do mal.
Foi então tudo vão, tudo mortiço?
Não, mil vezes não, gentes do meu país!
Sentir por uma vez o sonho do cortiço
É já provar o mel, pressentir a raiz …
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