No cesto da gávea
O homem do mar
Espia a fronteira
Do seu labutar.
Um cesto suspenso
Num barco vazio
Possui como senso
O seu desafio.
Bate a onda o casco
Igual por igual
Indiferente ao drama
Do Bem ou do Mal.
Olhos de gageiro
Não podem cerrar
Sem verem primeiro
O fim do seu mar.
E fitam, procuram
A norte e a sul,
Guardando do céu
Esse imenso azul.
É o Mal vermelho?
É o Bem azul?
O Bem vai p'ró norte?
Vai o Mal p'ró sul?
Gageiro suspenso
Num cesto de mar
Espia a fronteira
Do seu labutar.
Num cesto suspenso
No meio do mar
Sem orla de praia...
Há que mourejar!
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