Choro de lírios sob o riso dos sóis
E tu aí – frágil e nua em poente de sangue.
Depois disseram que o homem estava louco
Por se ter mutilado. E ninguém entendeu
Que o homem cortara a orelha
Por se recusar a decepar os lírios
E por se ter lembrado daquela antigo amor
Que deixara um dia, frágil e nu
Em poente de sangue.
E a Natureza física, como geografia fusiforme
Veio perturbar a memória do pintor
Sem que ele admitisse uma só vez
Que lírios poderiam decepar-se ao poente
Ou que um amor do passado pudesse latejar
Fútil, frágil e nu, em poente de sangue.
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