Era produto duma textura
Débil
Sobrevivendo de maneira
Hábil.
Mulher de quantos a quisessem
Lábil
Pois que só um a possuía
Frágil.
Ao dandinar por avenidas
Ágeis
Trazia cheiros de serralhos
Flébeis
Mulher perdida lhe chamaram
Hábeis
Débeis
Frágeis
Moralidades, mortalidades
Mundanais
Perdidos mundos
Gente perdida
Toda aos ais
Menos aquela, menos ela
Que dandinava
E se encontrava
Em avenidas
Muito perdidas
Todas vazias
Mas não de si
É bom, por isso
Estar aqui
A olhar-te
A querer pegar-te
À unha
Na Praça
Roliça
Da Catalunha.
Barcelona, 10 de Julho de 2011
3 comentários:
Na Praça da Catalunha
dos meus passos há vestígios,
tendo sido testemunha
dos mais incríveis prodígios!
JCN
Esta sua poesia
é de estranha arquitectura
sem qualquer analogia
na nossa literatura!
JCN
Não depende a poesia
da forma que o verso tem:
o que importa é a harmonia
dos termos que ela contém!
JCN
Enviar um comentário