10 de novembro de 2012

A MERDEL, DIGO, MERKEL ou UM ELOGIO À ALEMANHA

... e a Merkel mandou chamar o Ministro do Tesouro e interrogou-o assim: - "Olha lá, oh Karl (ou Kroller, ou Konrad, não interessa), parece que a Grécia anda por aí a dizer por essa Europa fora que nos auxiliou muitíssimo depois da guerra e que nós somos uns ingratos. Que sabes tu disto ?" . O Kroller (ou Karl, ou Konrad, não interessa) deu um es talido germânico com a ponta da língua no palato da boca e respondeu: - "Chanceler, isso já foi há muito tempo. Quem se poderá lembrar de tal coisa?". A Merkel adoptou então o costumeiro ar de virgem ofendida depois de uma cópula insatisfatória e acrescentou : "Mas isto não pode ficar assim , Konrad" (ou Kroller, ou Karl, não interessa). O Kroller (ou Konrad, ou Karl, não interessa), cofiou com a pontas do dedo mindinho um bigode "à mosca", muito semelhante aos tempos em que a Alemanha se fazia respeitar em todas as praias da Europa e considerou, gravemente: " É preciso prestar "Achtung" a esses provocadores pelintras; irei providenciar". E, com um bater de tacões, abandonou o gabinete, prometendo regressar rapidamente com o assunto devidamente regulado. Merkel suspirou fundo, muito fundo e pensou com os seus botões : "Estes gregos andam mesmo a pedi-las desde os tempos da guerra de Tróia. Também, não admira. Uns pobres de espírito que fizeram guerra por causa da beleza de uma mulher ... Bahhh ". E mergulhou num relatório financeiro onde se asseverava que a banca germânica estava mais próspera do que nunca. Sorriu levemente, num semi-gáudio de filoxera estuprada e retirou de uma gaveta discreta um retrato em moldura de marroquim, que beijou com unção religiosa e para o qual falou assim : "Adolfo, meu querido, vou ter o que tu ambicionaste sem disparar um tiro". Nessa altura, ouviu-se um marcial bater de nós de dedos em porta oficiosa e irrompeu no gabinete o Krupp (ou Karl? ou Konrad ? ou Kroller? ... não interessa), que se fazia acompanhar por quatro homens gordos, vermelhuscos, movendo-se a passo de ganso, os quais reverenciaram a Chanceler com uma vénia até ao chão. O K. (ou K ? ou K? ou K?, não interessa) pigarreou, tirou do bolso um largo lenço com as cores da bandeira alemão, assoou-se a ele e declarou, batendo as sílabas: " Chaceler, estes Senhores representam os quatro maiores bancos da "Über Alles" e já foram informados da insolência grega. Negociei com eles uma exemplar punição para os miserandos prevaricadores”. A Merkel coçou o sovaco, que possuía à ilharga de um seio deploravelmente descaído, e indagou : “Que punição vai ser essa?”. O Koiso ( … não interessa) encolheu a barriga, susteve o ar no peito para o fazer mais majestoso e clarificou: “Vamos aumentar-lhe os juros !”. A Koisa (… não interessa) sentiu-se tão contentinha que abandonou a secretária e saltaricou pelo gabinete todo, como se sentisse ganas do voo de pássara, e obtemperou : “Está bem. Mas ficamos-lhe também com o Partenon !”

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