24 de maio de 2012
A MEMÓRIA
Lembras-te como caía a tarde junto ao rio //
E como corria a água remansosa //
Pela goteira aberta na memória ? //
Era tempo de Verão, inflexível ardência //
No vogar dos peixes, no verde velho da relva, //
No peso incandescente da memória.//
Quando o sol amarelo navegava pelo corpo //
Das margens rumorosas //
E quando tuas veias eram canais azuis //
Perdidos nos finais da minha impaciência //
A própria tarde declinava em tempo //
E fervilhava a noite antes de acontecer.//
E tudo me era dado e negado //
No fundão profundo e imperfeito //
Da memória.//
PS - O "Blogger" não gosta de Poesia, não permitindo que os versos sejam apresentados separados. Assim, tive de me socorrer deste expediente de "sinalização" ...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário